Paraná – Advogada vai pedir exames psiquiátricos para mãe que confessou matar filhos em Guarapuava

A advogada Andreia Farias foi escolhida pela Justiça para fazer a defesa de Eliara Paz Nardes, a mãe que confessou ter matado os dois filhos em Guarapuava.

Apesar de ainda não ter se encontrado com a cliente, Andreia afirmou que irá pedir a aplicação de exames psiquiátricos em Eliara e que só irá descartar a hipótese de surto após o resultado dos laudos.

A suspeita foi presa na último sábado (27), depois de contar a um amigo advogado que estava com os filhos mortos há 14 dias no apartamento da família.

A RICtv foi até Navegantes, em Santa Catarina, na quinta-feira (1º) e ouviu parentes e conhecidos de Eliara.

Todos os que foram entrevistados afirmaram ter recebido a notícia do assassinato das crianças com muito espanto, já que a suspeita parecia ser uma mãe “dedicada”.

A manicure que atendia Eliara em Navegantes, com quem tinha bastante proximidade, contou sobre a relação que observava entre mãe e os dois filhos: Alice Nardes de Oliveira, de 10 anos, e Joaquim Nardes Jardim, de 3 anos.

“Na minha frente ali não parecia falsidade, ela era uma ótima mãe, muito dedicada. A Alice conversava bastante, ela era muito comunicativa. O tempo inteiro [Eliara] era atenciosa, ouvindo, não parecia fingimento, ouvia ela conversando. Quando a filha chegava da escola contava ‘aconteceu isso, aconteceu aquilo’, e ela sempre ouvindo, perguntando o que aconteceu, sempre disposta a ouvir. E o Joaquim, meu Deus, o Joaquim era tudo. Ela falava o tempo inteiro do Joaquim”, compartilhou a manicure.

No entanto, a conhecida disse que, em seu último encontro com Eliara antes que ela se mudasse para o Paraná, a suspeita desabafou que estava cansada, mas acreditava que morar em Guarapuava seria um recomeço.

“A última vez que ela veio fazer a unha ela conversou comigo, disse que estava cansada, que estava muito exausta, ela não reclamou em momento algum das crianças, era do trabalho. Ela disse que trabalhava muito, disse ‘talvez essa mudança minha para Guarapuava vai ser melhor, eu vou ter mais tempo com as crianças’”, contou a manicure.

Um parente da suspeita revelou também que acreditava que a mudança para o estado vizinho teria sido em busca de melhores oportunidades de emprego, mas que Eliara sempre cuidou das crianças muito bem. “Ela sempre batalhou, sempre trabalhou, ela tentava dar o melhor para as crianças. Ela sempre pagava para deixar as crianças com babá, não deixava com qualquer pessoa, ela buscava sempre uma pessoa para cuidar bem dessas crianças. A gente se espantou quando ela falou que estava indo embora. Ela não falou o motivo, falou que estava indo embora, que Santa Catarina deu para ela, que teve uma ótima oportunidade, uma proposta de trabalho… foi isso que a gente ficou sabendo através dela”, contou.

Vizinhos falaram ainda à RICtv que Eliara estava brigada com a mãe e que as duas não se falavam há algum tempo. A mãe da suspeita está doente e, até o momento, não sabe da morte dos netos.

Eliara foi presa no sábado (27), no apartamento onde morava no Centro de Guarapuava, após ligar para um amigo advogado e contar que tinha matado os dois filhos. O advogado foi quem avisou a polícia, que foi até o local e encontrou as crianças mortas.

À polícia, a suspeita disse que matou o menino de 3 anos no dia 13 de agosto, e que depois assassinou a filha, de 10 anos, no dia 17 de agosto. Ela ainda relatou que pretendia cometer suicídio e justificou que estava cansada de cuidar das crianças. A informação sobre o intervalo entre as mortes ainda será confirmada através de perícia.

Após os assassinatos, a mulher teria deixado os corpos em seu quarto, em cima da cama, cobertos. Ela seguiu residindo no apartamento normalmente por cerca de 14 dias, até avisar o amigo. Quando foram encontrados, os corpos das crianças já estavam em estado de decomposição. A mãe confessou os crimes, foi presa em flagrante pelos homicídios, por ocultação de cadáver e fraude processual.

Os corpos das crianças foram velados e sepultados na segunda-feira (29), em Itajaí (SC).

Portal Guaíra com informações do Portal RIC Mais

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