Clima – Meteorologista do Simepar descarta ocorrência de tornado na região Oeste: “Não havia condição propícia”

A chuva que iniciou na tarde de ontem (25), acompanhada de vendaval, na região Oeste do Paraná gerou estragos em diversos municípios e segue marcando presença durante esta sexta-feira (25), contudo, agora, de forma calma.

Os ventos fortes de quinta-feira retorceram construções, derrubaram árvores e amedrontaram a população de municípios da região. Devido à intensidade da ventania, chegou-se a cogitar a ocorrência de um tornado (veja a matéria), considerando os estragos localizados, visto que barracões foram destruídos enquanto construções próximas mantiveram-se em pé e que estrutura de concreto e ferragens, fabricada para suportar/suspender peças e implementos de até 21 toneladas, foi ao chão.

Rajadas seriam mais fortes

Procurado pela reportagem do Jornal O Presente, o meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental (Simepar), Lizandro Jacóbsen, avaliou se os dados indicam a ocorrência de tornado em Marechal Cândido Rondon e região, especialmente Pato Bragado e Mercedes.

“Na estação de Marechal Rondon foi registrado vento de 79 km/h, o que não configura um tornado – que geralmente tem ventos de 115 km/h a 120 km/h. Além disso, não havia uma condição propícia, porque, por exemplo, em Cascavel e Palmital foram registradas rajadas de vento com 100 km/h, mas a configuração seguiu sendo de tempestade sem tornado”, explica, pontuando que a hipótese de tornado é gerada pelo “medo dos moradores”, uma vez que já houve ocorrências do tipo na região Oeste.

Ele reforça que tornados acontecem de maneira localizada e que seria preciso analisar vídeos do momento do acontecimento, porém os registros realizados por internautas são do pós-evento. “A tempestade que gera o tornado é muito grande e o tornado, apesar de ser pequeno e local, tem uma nuvem-mãe grandona, provocando rajadas de vento mais abrangentes”, enaltece.

Caso dos barracões

Quanto à destruição de um barracão em detrimento de outro próximo, Jacóbsen menciona que pode ter ligação à entrada do vento nas estruturas. “Às vezes o vento entra e fica preso em uma estrutura que está um pouco mais fechada, o que levanta o telhado e deixa a estrutura solta, sendo levada pelas rajadas e retorcida. Se outro barracão próximo estiver mais aberto, o ar não ‘embossa’ e nada acontece”, explicou ao O Presente.

Chuvas devem seguir

Na quinta-feira o Simepar emitiu um alerta para temporais nas próximas 48 horas no Paraná – ou seja, com vigência até esta sexta-feira (confira a matéria clicando aqui). O meteorologista indica que, diferente dos temporais registrados, as chuvas de hoje devem seguir calmas.

Defesa Civil emite alerta de alto risco de alagamento para Guaíra e cidades vizinhas

A Defesa Civil emitiu, por volta das 11h10 desta sexta-feira (25), um aviso sobre o risco de alagamentos em Guaíra e cidades vizinhas. Conforme a descrição do site, a severidade do alerta é alto e há probabilidade de ocorrerem enxurradas na região.

O aviso tem vigência de seis horas, isto é, até por volta das 16 horas. As orientações são para que, em caso de perigo, os cidadãos acionem o 199 ou 193.

As informações são do O Presente

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