[dropcap color=”#dd9933″]I[/dropcap]olanda Regina Corrêa de Assis, tia do jogador Daniel Corrêa Freitas, assassinado no dia 27 de outubro de 2018, prestou depoimento na tarde de terça-feira (19), no Fórum de São José dos Pinhais, durante a audiência de instrução do processo que investiga o crime. Bastante emocionada, a mulher relatou como a família recebeu a notícia da morte do jogador e afirmou que sentiu a mesma facada que ele levou.
Iolanda, que foi ouvida logo após a irmã e mãe do atleta, Eliana Corrêa, relembrou os fatos e disse que passou o dia 27 de outubro em casa, junto com a irmã – que foi embora no dia seguinte. Eliana, por sua vez, teria estranhado o fato de Daniel não mandar mensagem antes de dormir, como costumava fazer todos os dias para perguntar da filha, de apenas dois anos. Preocupada, a mãe do atleta entrou em contato com Lucas – amigo de Daniel que estava na festa – e, desta forma, conseguiu o telefone de Allana Brittes.
Eliana, então, telefonou para Allana – ré no processo –, que a recebeu de maneira solícita, de acordo com Iolanda. No depoimento, a tia de Daniel afirmou que Allana disse estar preocupada, e que a jovem ligava e mandava mensagem toda hora. Neste momento, Allana – que acompanha os depoimentos junto com os demais réus – não demonstrou reação.
Iolanda explicou que Eduardo, primo de Daniel, logo ficou sabendo de um achado de cadáver com as características do jogador, o que deixou a família apavorada. Quando a morte de Daniel foi confirmada, a família inicialmente pensou que o caso se tratava de um acidente e, de acordo com Iolanda, eles “construíram a cena” de que o atleta teria sido vítima de um assalto, já que era jogador de futebol.
No decorrer do depoimento, Iolanda relembrou os diálogos da irmã com Allana, para quem perguntava se havia acontecido alguma briga na residência ou se tinha alguma mulher envolvida. A tia de Daniel falou, ainda, sobre a tese de que o jogador teria estuprado Cristiana, e reafirmou que o sobrinho jamais faria isso.
Para Iolanda, a pior parte do caso foi o momento de enterrar o jogador, que havia sido mutilado. De acordo com a mulher, ela soube 20 dias após a morte de Daniel que o Instituto Médico Legal (IML) enviaria para família a parte que foi cortada. Classificado como o “pior dia da vida”, Iolanda relembrou o momento em que os familiares receberam uma caixa com o pênis cortado da vítima.
No fim do depoimento, os advogados de defesa e acusação discutiram após a informante se referir a Cláudio Dalledone por seu primeiro nome. Iolanda afirmou, por fim, que não contaram sobre a morte de Daniel para a avó e a filha do atleta, e que mais de sete mil fotos foram recuperadas do celular do jogador – onde estariam também mensagens antigas de Allana.
Portal Guaíra com informações da Rede Massa